22 novembro 2011

A Patota do Imperator

22 novembro 2011
Por Elizabete, Felipe, Heryka e Marlon.

"Eh, vida boa Quanto tempo faz Que felicidade! E que vontade de tocar viola de verdade e de fazer canções como as que fez meu pai..."
Espelho - João Nogueira.

“Alguém por acaso lembra da Dias da Cruz nos finais do anos 50 e inicio dos 60? Dos grupos de rapazes e moças dançando rock na galeria do Imperator e em frente ao Rei da Voz? Do milk de chocolate nas lojas Americanas? Dos discos comprados na Mesbla? Do movimento de estudantes no após-aula? Das meninas do Sagrado Coração de Maria sempre com caras muito serias e olhar empinado para frente? Da galera dos estudantes de ETN, ETQ e ETIQT sempre a disputar pelas meninas mais bonitas? “ pergunta animado o hoje morador de Irajá num blog da zona norte hospedado pelo fotolog do portal Terra.

Aracy de Almeida
 Na conversa, que gerou vários comentários, os usuários falam sobre as idas e vindas do cinema Imperator aberto ao público em 1954 com 2.400 lugares, era considerado a maior sala de cinema da América Latina e marcou toda uma geração de espectadores, ávidos por assistir as chanchadas da Atlântida Cinematográfica e filmes norte-americanos estrelados por astros como James Dean, Marilyn Monroe e Elvis Presley. A entrada do cinema era o ponto de encontro da juventude transviada. O Imperator  foi referência do Méier. Quando inaugurado, a turma do bairro e de outras partes da cidade vinha com frequência se reunir naquele que seria o novo “point” por um longo tempo. Ficava tão lotado que causava transtornos aos moradores vizinhos. Muitas vezes aconteciam brigas e todo mundo acabava na delegacia. Foi "point" de muitos motoqueiros e roqueiros.

Mas nem só de cinema viveu o Imperator. Com o advento dos cinemas multiplex, os grandes complexos com várias salas de exibição, os cinemas de rua enfrentaram uma forte crise e um grande esvaziamento de público. Assim como vários outros, o Imperator não resistiu e encerrou suas atividades em 1986. Entretanto,  o Imperator ressurgiu como casa de shows, sob o comando de Kleber Leite. A Casa tornou-se uma das mais modernas da cidade, fazendo concorrência ao Canecão. Moradores da zona sul iam ao Méier para assistir aos artistas.


João Nogueira
Faziam parte da turma João Nogueira, onde começou o clube do samba e Edson Santana, jurado do programa do Chacrinha (lembra dele?) que morava em cima do Imperator, onde Aracy de Almeida também morou por um tempo.

Anos depois houve uma nova decadência. A casa mudou de proprietário e passou a adotar bailes funk e até leilão de cavalos como "atrações". As igrejas tentaram adotar o local, mas a Associação de Moradores não permitiu.

Considerado pelo seus fundadores como um bebê que nasceu grande, o Bloco Boêmios do Méier tem pouco mais de um ano e já espera juntar mais de 1200 componentes nos desfiles oficiais que acontecerão no sábado e terça-feira de carnaval.

Enquanto os festejos de Momo não chegam no entanto, a galera esquenta os tamborins durante os ensaios técnicos, que acontecem nsempre no início de fevereiro, o ensaio acontece na rua Dias da Cruz, em frente ao Imperator e seus organizadores garantem, que não precisa ser Boêmio para aderir ao bloco, basta ter espírito carnavalesco e samba no pé. 

Boêmios do Méier
Com o enredo Bar Doce Bar, o Boêmios do Méier nasceu da idéia de vários amigos, amantes da boemia e adoradores do bairro e que achavam que o Méier precisava de uma animação diferente que reunisse todos os seus moradores.

As cores escolhidas para o bloco são o amarelo que para eles representa a beleza do dia e o sol do carioca e o preto que simboliza e a noite e os prazeres da boêmia.

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